Entrelinhas

Nas entrelinhas

Desse olhar poetizado

Eu me percebo acuado

Por não conseguir te ler

São esses olhos

Que me enlaçam sem esforço

Me puxando em desconforto

Para perto de teu ser

O que farei?

Se por perto fico mudo

E quando longe me afundo

Em saudades de te ver?

O que direi?

Sei poesias, sei ternuras

Mas nenhuma está a altura

Desse anjo que me vê?

Farei de mim um prisioneiro

De teus olhos sorrateiros

Que souberam me enjaular

Enquanto isso me escarnece

Ao mesmo tempo em que enterneces

A coragem de te amar