Não me escreva...
Não me escreva...
Não me atrevo...
A voltar...
A te encontrar...
Conspiro seu vazio...
Com dossiês de saudades...
Redescubro no meu sono...
O seu abandono...
Não me escreva...
Eu não quero ler...
O seu desprazer...
Ornamentado em políticas...
De falso atrevimento...
Divertimento tardio...
Paixão ardil...
Não me escreva...
Novamente...
Você esta rente...
A cada nova letra...
No verso de recordação...
E nas canções de aflições...
Sendo assim, por favor...
Não me escreva...
A cada tristeza você se faz realeza...
Em grandeza...
A cada novo pensamento...
Um novo passamento...
Para habitar seu ostracismo...
Mas mesmo assim...
Eu vou escrever...
Mesmo sem você ler....