UM PORTO DEGLUTIDO
UM PORTO DEGLUTIDO
BETO MACHADO
Dá-me a ilusão
Do gozo saciado,
Com a satisfação
De um Porto deglutido
Que meu velho corpo,
Quase ao fim; já depauperado,
Erguer-se-á augusto,
Diante do teu farto busto,
Dando a teus olhos
A etérea cor do susto,
Por ver, então,
Um outro ser,
Fagueiro e rijo,
Fervendo do seu lado.