Olhar de cimento
Descanso sobre as esculturas,
No entalho das nervuras,
Delineando o tato sombrio,
Nos verticais lineares e frios
Tenho um olhar de cimento,
Alheio aos vergalhões zinabres,
Proseando com o concreto estático,
Bebendo salitro dos mares
Vejo a ponta central dos arrebites
O acabamento da curva central
As linhas das monções no verão outonal