Jornada de uma flor!

No início era apenas uma semente

Ingênua e delicada semente

O vento soprou e na terra repousou

Se abriu, criou raízes e cresceu

Cresceu em meio uma grande selva.

E ganhando vida, aprendeu a falar,

A encantar é exalar perfumes ao vento..

Num belo dia, veio a desabrochar

E como uma luz na escuridão se faz branca como neve.

Traz em si a cor de sua alma,

que brilha em meio a pele.

Mas chega o dia que ela é vista, percebida

E mediante sua ingenuidade acredita no amor,

Mas dentro de si, só há amor...

Entregou se ao "amor"...

Mas toda rosa tem seu ciclo

E esse ciclo é interrompido...

Essa flor é furtada de sua terra Natal, sua essência...

E o amor que supusera existir, não parecia amor...

Ao ser coletada, se tornou objeto de posse de alguém...

Alguém qualquer que não suportou ver a beleza em sua plenitude e viera poda lá.

E dia após dia suas pétalas murcham

A tristeza lhe acomete e sua existência ganha prazo...

Porquê algo tão belo precisa ter prazo?

Porque ter, ao invés de observar e apreciar...

E, quando possível poder tocar a tez dessa pele?

Hoje os caminhos divergem, e para novamente existir

Essa flor precisa da terra, de sua raiz

Para que sua luz nunca se apague

Que seu perfume dance com o bailar do vento

Que sua beleza banhe nossos olhos com sua alegria de ser.

E para aqueles que a conhecem

Seja afetados pelo afeto que ali transborda em amor.

Cristiano Caires
Enviado por Cristiano Caires em 25/04/2021
Reeditado em 25/04/2021
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