Jornada de uma flor!
No início era apenas uma semente
Ingênua e delicada semente
O vento soprou e na terra repousou
Se abriu, criou raízes e cresceu
Cresceu em meio uma grande selva.
E ganhando vida, aprendeu a falar,
A encantar é exalar perfumes ao vento..
Num belo dia, veio a desabrochar
E como uma luz na escuridão se faz branca como neve.
Traz em si a cor de sua alma,
que brilha em meio a pele.
Mas chega o dia que ela é vista, percebida
E mediante sua ingenuidade acredita no amor,
Mas dentro de si, só há amor...
Entregou se ao "amor"...
Mas toda rosa tem seu ciclo
E esse ciclo é interrompido...
Essa flor é furtada de sua terra Natal, sua essência...
E o amor que supusera existir, não parecia amor...
Ao ser coletada, se tornou objeto de posse de alguém...
Alguém qualquer que não suportou ver a beleza em sua plenitude e viera poda lá.
E dia após dia suas pétalas murcham
A tristeza lhe acomete e sua existência ganha prazo...
Porquê algo tão belo precisa ter prazo?
Porque ter, ao invés de observar e apreciar...
E, quando possível poder tocar a tez dessa pele?
Hoje os caminhos divergem, e para novamente existir
Essa flor precisa da terra, de sua raiz
Para que sua luz nunca se apague
Que seu perfume dance com o bailar do vento
Que sua beleza banhe nossos olhos com sua alegria de ser.
E para aqueles que a conhecem
Seja afetados pelo afeto que ali transborda em amor.