Águas passadas

Eu deveria ficar cego para os pecados?

O quão cego o amor deve ser?

Não sabia que te entregando meu coração,

O meu sangue deveria arrefecer.

Abaixo das pétalas de todas as rosas, ficam os espinhos.

Mas, a beleza deveria me anestesiar ao me ferir.

Ainda assim, eu sinto uma pontada em meu peito,

Um espinho grande como um punhal melindra a mim.

O amor, da graça a desgraça.

Um vento sopra e pétalas voam.

No espaço oco em meu peito,

Palavras sutis ecoam.

O passado parece um bom lugar para fugir,

Mas, de qualquer forma voltaríamos aqui.

As lágrimas já são águas passadas,

Um rio de águas que não devem ser represadas.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 20/04/2021
Código do texto: T7236993
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