Poema 0526 - A minha morte
Vi o ato da minha morte,
a saudade passando devagar,
os olhos parados ante ao destino,
a terra sobre o amor, o amor meu.
Hoje é noite de um mês qualquer,
dia do meu renascimento,
viajei entre nuvens poderosas,
como imortal que sou, morri de paixão.
Tenho asas à volta do meu corpo magro,
ouço ainda os gemidos daqueles sem amor,
meu pensamento vai e volta do coração,
antes chegar ao céu confesso ao vento.
Hoje me sinto um velho monge,
não muito velho e não muito monge,
é a saudade do amor que faz assim...
e a lágrima desliza o rosto frio...
16/11/2005