Violim calado

Poderia sujeitar tua cintura e te beijar,

Sem tormentas,

Sem lágrimas.

A linha do tempo é um violim calado;

Já não posso ser esse passageiro que palpita

num amor desordenado.

Voltar a este último reduto e sentir- te,

Recorrer o teu peito de vidro;

Me queimar no teu fogo maiúsculo;

E agora que uma lágrima molha minha última máscara;

Como correr vacilante e perdido?

Poderia sujeitar tua cintura e te beijar,

Sem feridas,

Sem silêncios

Visitar essa imensa espera, sem relógio, todos os dias;

Segues sendo ausência, metal e ossos.

O tempo é uma rua, uma distancia paralela

e já não posso ser tempestade nem oceano dormido;

Continuas luz eterna desde teu último raio de sol,

Para mim continuas florida;

Já não estou só,

Tenho ausências....

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 16/04/2021
Reeditado em 19/01/2023
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