DE MUCHILA NAS COSTAS
Sem aceitar propostas
de mochila nas costas
roupa suja e rasgada
pés no chão e estropiados
por caminhos esburacados
esse senhor de barba fechada
com um violão desafinado
um pobre poeta abandonado
pelo destino que Deus lhe deu
nunca roubou um alfinete
mas já levou um cacete
que a polícia lhe concedeu
por dormir sempre na rua
cantando de papo pra lua
se dizendo apaixonado
pela linda lua morena
ela pra ele é um poema
e ele dela seu namorado!
escrito as 14:32 hrs., de 09/04/2021 por