Amores perdidos

São amores no tempo perdidos,

Esquecidos talvez na mesma aurora,

Dormindo, na mesma lâmpada macia,

Na mesma chuva, na mesma era,

No mesmo sol de verão a espera

Para renascer em outros corações

São caricias perdidas, bem como

A agua no corpo do aluvião

Como as folhas vagando ao leu,

Como uma só andorinha

Ao entardecer voando no céu.

São caricias perdidas, bem como as lágrimas,

Nascidas no fundo dos olhos...

Que rolando da face pingam no chão

Como a imortalidade e o passageiro,

A felicidade e o lamento, vindos da alegria

E descontentamento.

São caricias perdidas... Ai quem me dera

Numa infindável primavera

Pudesse sintonizar-me com estas caricias.

Juntá-las aos dissabores da vida esquecida

Na árvore verde e crescida, a doce magia do amor!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/11/2007
Reeditado em 04/11/2007
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