ALMODOVAR
Eu no além o Matador de Flores
Deixo ilesa a Flor do meu Segredo
A carne trêmula provoca-me tremores
Os meus Maus Hábitos escondem o meu medo
Mulher a beira de um ataque de nervos
Ata-me a ti, atira-me um torpedo
Não sei se habito a pele neste acervo
Ou me acabo no último enredo
Eu Julieta, Romeu de Salto alto
A dor e a gloria manhãs que chegam cedo
Tornei meu sonho um grande sobressalto
Partido abraço duro qual rochedo
Fale com ela, minha mãe de tudo
Sabe da vida e me ensinou a dedo
A boa e a má educação contudo
A livre escolha de viver sem medo
A alma Almodovar vem tão incontida
Na poesia cheia de segredos
Eu finco o amor na tela refletida
Faço da vida eterno meu brinquedo