Devora-me
Só ti minha amada tem o poder do encanto
A magia da luz que seduz meu ser
E me comove em prantos
Penetra minh' alma como o raiar do amanhecer
Que surge imponente, valente, radiante
E me devora ao me decifrar
Sinto-me indefeso diante dos olhos que docemente sorri a mim
Olhos generosos que me permitem viajar e sonhar,
Aspirar desejos escusos, ilícitos
Que me torturam mesmo quando estou distante de ti
Me sinto frágil, incapaz, emotivo, um grão no deserto sem fim.
Amada minha nem posso imaginar tudo isso se acabar
Sem inspiração, preciso me redescobrir, me reinventar
Por um instante, o poeta perde a razão, mergulha na emoção
Tudo parece ilusão, um sonho, uma grande confusão
Perdoe amada!
Nós, os poetas, somos assim:
Simplesmente amamos.
Não existe distância que nos separe, um fim.
Nos unimos em pensamento a todo momento
É coisa de alma, coração, fluídos, energia, meditação
É amor que não se mede, que se entrega em transe,
Como uma oração.
Edimilson Eufrasio
Em homenagem a Cynthia Panca