Sem nome

Meu coração arde ardido

É uma dor que tem passado

Me lembra dores de outrora

Do tempo em que eu tinha marido

Dá vontade de arrancar do peito

De jogar longe da memória

Mas ela vem, de qualquer jeito,

E vejo que a luta é inglória.

Ando pelas ruas da cidade

Olho pros mais diversos rostos

Todos eles me parecem

Mais felizes que o meu gosto

Minha cabeça diz “não faz sentido,

Todo mundo tem o seu sofrer “

Mas o meu peito responde

“Só eu sofro meu padecer”.

Onde será que se aprende a amar?

Onde fica a escola de ser feliz?

Quero na primeira fila me sentar

E me aplicar na sina de aprendiz

abril 2010