Carteiro

Meu amor, entrego-te o bem

Tal perspectiva prazerosa para si!

Entrego também meu ser que todos veem

Sem sombra do vicioso desejo

Entrego! A doce volúpia

E o amor de Eros, Fileo, Ágape e fati!

Suspiros de Zaratustra! Àquilo que está por vir!

Aquém dos passos procedem

Círculos de uma divina comédia

No nascimento de uma tragédia 

Do qual o meu amor sucede mares, sem dimensões...

E amares do que amares, na mais profunda amargura

Na mais bela carta romântica que pouco se recebe

Na solitude do bem amar do meu amor.

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 31/03/2021
Reeditado em 04/04/2021
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