Carteiro
Meu amor, entrego-te o bem
Tal perspectiva prazerosa para si!
Entrego também meu ser que todos veem
Sem sombra do vicioso desejo
Entrego! A doce volúpia
E o amor de Eros, Fileo, Ágape e fati!
Suspiros de Zaratustra! Àquilo que está por vir!
Aquém dos passos procedem
Círculos de uma divina comédia
No nascimento de uma tragédia
Do qual o meu amor sucede mares, sem dimensões...
E amares do que amares, na mais profunda amargura
Na mais bela carta romântica que pouco se recebe
Na solitude do bem amar do meu amor.