MIRAGEM

O fogo crepita na lareira

O frio penetra pelas frestas da janela

E deixo-me levar pela imaginação...

É verão, o sol forte queima o meu corpo

E o vento assanha os meus cabelos

Leves e Soltos.

O mar calmo, azul e límpido

Molha os meus pés que timidamete

Penetram a água morna e se delicia

Enquanto a mente devaneia em busca de emoções...

Vejo, ao longe, uma bela silhueta

Fico a observar os passoa lentos

Cadenciados na areia quente

No verão dourado dos Anos Sessenta.

Que bela espécie de animal, ereto, bonito,

Fenomenal!

Parti em sua direção

Fitei seus olhos negros penetrantes

Olhos de fera, crepitantes!

Jamais esqueci aquele olhar...

Não sei ainda hoje,

O que realmente aconteceu

Se havia magia no ar

Se foi uma miragem

Ou se aquele homem era humano

Jovem mortal, sarado, sexual ou...Simplesmente...

Um ser sobrenatural!