Hoje...
Hoje... não falo mais,
Minha língua já disse tanto,
O que eu não queria dizer
Minhas mãos são silencio da boca
Meus pensamentos, cruzes no coração
O desespero da alma,
A doçura, néctar dos poemas
A insônia alinha-se no horizonte,
Nas ruas, casas e pontes,
O ar sufoca os muros da mente,
A tarde forma um lago de inocência.
Os versos brotam pelas fendas,
Pende a mão escriba,
Enquanto dormem as letras.