Dengo!
Aqui em meu reduto de paz!
Aqui em meu cubículo canto de sossego!
Aqui onde jaz muitas dores, amores!
Aqui onde mora e eterniza o saber me perco no não saber!
Aqui onde moro, nesse corpo eternizo e deixo minha marca à posteridade.
Aqui saberão que um dia houve amor em demasia..
Saberão que aqui houve amor maior que esse pobre corpo pode suportar...
Aqui onde me permito viajar o mundo,
conhecer a Lua, Marte, o astral,
estou aqui, ali e acolá...
estou em tudo, pois me permito ser todo lugar,
mesmo que o corpo seja o limite,
a expressão de minhas palavras e
o alcance de minha alma vai além, para além, do além...
e assim como Fernando Pessoa, me torno o cajado, as árvores,
as flores, os pássaros, o rio, ou até mesmo todo o rebanho...
E findo essas frase com o dengo que merecemos...
Nesse aconchego, vagando nesse abraço que apenas o tempo nos permite ter;
o cominho não se finda, nem a lira, nem os versos;
pois todos verso, que seja encantado;
E que em momentos remotos, assim como nas estrelas onde não há ar, encontremos o respiro que nos impulsiona adentrando em nós mesmos.
E assim encontremos a vida