O clamor de um pseudo poeta

Quando vislumbramos o potencial daquilo que desejamos...

É como num piscar de olhos, o tempo escorre por entre os dedos...

Assim como a água que escorre nos rios, não podemos controlar...

Heis que no peito bate um coração intenso, desejando e borbulhando como um vulcão em lava...

E tanto a água no rio como o fogo que arde em mim, não são passíveis de controle...

Aí me pego pensando no escuro, represado, controlado....

O dito não dito está presente a todo instante, pois nada mais justo para acalmar a fúria do Rio ou do vulcão do deixa los fluírem...

Não me tenhas um poeta, pois desse lugar não me vejo...

Mas veja a vida e tento de maneira ínfima dar sentido ao que ha aqui dentro...

A palavra nem sempre dá sentido a experiência da emoção.... e as vezes, as sinto como ineficazes....

Traduzir um sentir é perder a oportunidade de expressar em ato, aquilo que temos de melhor...

A mais simples e singela expressão do amor...

Mas escrever também é um ato de coragem...

...assumir a si mesmo, antes de mais nada, que você si percebe e que o "outro(a)" tem impacto sobre nos...

E talvez, colocar nas palavras é onde me encontro diante do espelho e reconheço a coragem que um dia ousei a ter...

Cristiano Caires
Enviado por Cristiano Caires em 24/03/2021
Reeditado em 24/03/2021
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