Dois olhos, um cervo.

O transforma a dor do poste,
com as conchas amarelas no estandarte.
Uma luz cor de lua laranja.
As costas da minha mão doem.
E busco respostas olhando pro céu a noite.

Varro os meus passos
seguindo
e pensando nem te encontrar.

Dois pares, um par de faróis
Acesos
Volante frio, lata gelada.
Guio, procuro caminhos. Sigo pelas ruas nebulosas e asfaltadas. Só eu, de vez em quando um outro solitário passa pelo retrovisor, perdido e sem caminho, pobre miserável nós éramos. Somos?

Bocejo,
sem sono.
Sem alma. Queria ir pra sua casa.
Mas sou muito covarde pra isso.

Eu já falei sobre a noite e as suas calçadas irregulares.
Sobre o cimento nada concreto que me escondia os defeitos.
E os efeitos por te escolher no meio de tantos azulejos.

- Da obra: Sarda&Mostardas.

- Da obra: Sarda&Mostardas.

          
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