NO ACALANTO DA BRISA
Meus olhos se fecham e no acalanto
Da brisa adormeço em seus braços;
No meu semblante escorre o meu pranto
Recordo dos nossos últimos abraços;
Das palavras soltas levadas pelo vento;
Dos sorrisos francos decorando nossos lábios;
De tantos conselhos sábios
Proclamados ao longo do tempo.
Sonho com o florescer dos campos
Que arejava nossas prosas,
Iluminadas pelo cintilar dos pirilampos
Nas nossas noites airosas.
Há, saudades que tenho dos encantos
Dos prazerosos momentos que vivemos;
Dos nossos aconchegantes recantos
Onde a nossa história escrevemos.
Percorrendo os caminhos das recordações
Vejo que a nossa lua continua linda como antes,
Quando reluzia em nossos apaixonados corações
Nos secretos caramanchões dos amantes.
Ainda sinto no ar seu cheiro de flor,
Seu calor o meu corpo aquecendo
Purificando nosso amor
Que aos poucos foi esmaecendo.