NO ACALANTO DA BRISA


Meus olhos se fecham e no acalanto
Da brisa adormeço em seus braços;
No meu semblante escorre o meu pranto
Recordo dos nossos últimos abraços;

Das palavras soltas levadas pelo vento;
Dos sorrisos francos decorando nossos lábios;
De tantos conselhos sábios
Proclamados ao longo do tempo.

Sonho com o florescer dos campos
Que arejava nossas prosas,
Iluminadas pelo cintilar dos pirilampos
Nas nossas noites airosas.

Há, saudades que tenho dos encantos
Dos prazerosos momentos que vivemos;
Dos nossos aconchegantes recantos
Onde a nossa história escrevemos.

Percorrendo os caminhos das recordações
Vejo que a nossa lua continua linda como antes,
Quando reluzia em nossos apaixonados corações
Nos secretos caramanchões dos amantes.

Ainda sinto no ar seu cheiro de flor,
Seu calor o meu corpo aquecendo
Purificando nosso amor
Que aos poucos foi esmaecendo.


























 
JValdomiro
Enviado por JValdomiro em 19/03/2021
Código do texto: T7210449
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