SOBERANA

Ela sobeja.
E, no bojo de mim,
me beija
e eu me deixo
ir ao seu lado
até o fim.

Ela é soberana,
mas, sem soberba,
reina
no meu dia-a-dia
e eu ouço
ela falar
dos mínimos mistérios
do amar.

E aceito
sem receio
seus anseios
e seus seios
nas palmas de minhas mãos.

E amo assim
sem pausa
a causa
de tanto sentimento.

Ela me refaz.
Sinto-me perfeito
por ser dela.
Corpo e alma,
todo dela.