DE ÁGUA E LUZ
Luminosa e fresca manhã,
solta ao sabor da relva,
livre daquele cheiro de terra,
que provém dalém da selva.
Encantada e alta manhã,
livre ao frescor da alva,
enquanto a brisa varre.
da terra a superfície calva.
Esperançosa e bela manhã,
cujo aroma de si desprende,
na perpetuidade universal,
que por tudo se estende.
Clara e independente manhã,
que a chuva pode escurecer,
envolvendo-a de nuvens,
quando o tempo resolve chover.
Fresca e acalmada manhã,
que das luzes ofuscantes escureceu,
ao sabor e ao som da chuva,
que os seus brilhos amorteceu.
1.982