Meu Pai
O sol não traz luz à escuridão
Apenas ofusca seu olho cansado
Muros de sombras sobre o coração
São aguas de um rio estagnado
Evaporam cada palmo que angustia
São sons de pássaros de olho cego
são mortos que na terra negra jaziam
E extinguiu-se todo o seu ego
Aprisionado pai nesta insanidade
Então me solta deste mal apodrecido
Será que está ai toda a tua maldade
Corto minha face com cacos de vidro
Será meu pai que não tens piedade
Deste filho pela loucura consumido