Clairevidência
Quando pequenina deitava-se no meu peito
Querendo acompanhar o coração
Dando mordidas para ganhar atenção
No esconde-esconde da casa
Encontra-me muito rápido
Por entre minhas pernas anda e esfrega
Por carinho e sabendo da hora de comer
Corre para um lado e para outro
Encontra e desbrava novos lugares
Deita onde quiser deitar, independência também é sua arte
Protesta se houver alguma porta fechada
Mia com sua potência e não para
Enquanto não souber do que acontece no outro lado
Esconde-se por trás das cortinas
Esperando o arremesso dos seus brinquedos
Para agarrá-los com destreza
A gata e os seus termos
Assinado: eu, servente humano
Hoje já nem cabe no peito
Mas sempre próxima do coração
O que seria de um sujeito
Se não houvesse o amor dos animais?
Sendo de seus hábitats, sendo de estimação
O amor deles sempre nos dá uma lição.