RENÚNCIA DO AMOR.
Quem dera que eu fosse um pássaro, livre pra voar.
Beijando flores nas árvores, aonde pudesse pousar!
Aspirando o perfume das flores, seu néctar saborear.
Sentir a tua presença, saltitar, gorjear, alegrar o coração, nas árvores embalançar.
Sufocar me do aroma das plantas a exalar, o cheiro da clorofila do verde daquele lugar, podendo de vez em quando, ir nos rios me banhar, atravessar cahoeiras, e montanhas escalar.
Esperar a noite chegar, para poder descansar, transportar me em pensamento, para onde ele está.
Que a distância geográfica, insiste em separar o amor físico que o tempo, um dia vai encurtar, para as almas alcançar.
O cenário, a rotina, nada à acrescentar, após um chuveiro d' água fria pro corpo e cabeça esfriar, o pensamento que ferve de tanto pensar! Pensar! e Pensar!
Ah! Amor, se tu soubesses, quanto a distância dói, aliada a saudade que sufoca e aperta o peito que noutras paradas pensa, só de ver a indiferença estampada em teu olhar, que tenta disfarçar, por não ver aquele brilho, tão lindo no seu olhar, que um dia iniciou o sentimento do amor que desejou e logo, se revelou, quando o amor negligenciou!
O sono desaparece, o dia logo amanhece.
O que pensar do amor que claro já demonstrou, no olhar que expressou?
Assim, como uma flor, que logo despetalou, antes mesmo de murchar.
Como os laços eternos de amor que as almas alcançou, há as fragilidades do corpo denso e pesado, que o amor não cultiva e nem floresce.
Também assim, como as árvores, que quando uma folha cai, tem que ter uma razão, bem como a emoção, que em cada um de nós, tem seu motivo de ser.
10/03/2021 laumenezes