PAU VERMELHO
Por onde que eu começo
eu te confesso
que as vezes perco o rumo
da vida ou da memória
vivo num mundo sem glória
os meus erros eu assumo
não vim ao mundo á trabalho
de pau vermelho de carvalho
é que é feita minha casa
uma canoa velha e furada
e minha eterna namorada
à beira da sanga rasa
de uma mata virgem florida
de saia curta e colorida
é a índia que me faz feliz
tenho o orgulho profundo
de ser o melhor homem do mundo
isso é minha parceira que diz!
escrito as 17:35 hrs., de 05/03/2021 por