NAS PALMAS DE TUAS MÃOS (II)

parte II

("Alma")

Quisera fosse tudo neste mundo

Eterno e não perecedor.

Mesmo o que seja belo

Despétala-se como a flor!

Quando os meus pés não mais pisarem

Este árido e rochoso chão

Inda existirá algum consolo.

Eterno mesmo, as coisas d'alma são.

Terei o Amor semeado como semente

Dentro de toda gente,

Pois, não há terras melhores e mais férteis

Das que se leva no peito, estas são!

Fui concebido em corpo. Alma? Sempre fui

Em meu nome e em meu Ser.

Somente quem possuía certas linhas

Saberia e me soube reconhecer.

Por que aquele dia já estava fadado.

Nada se deve ao acaso,

Quando há o encontro entre duas almas

Em um mesmo viver!

Não se zangue, meu ser amado,

Se hei de partir em algum dia.

Vejas bem, em tuas linhas,

Para tua pergunta está a resposta:

"Finitas parecem como parece ser a Vida,

Mas, são tão eternas quanto longínquas

E ambas nos levam para o Céu."

Mesmo que queira um consolo meu,

Tudo deixei escrito

Nas palmas de tuas mãos!

Leonir Garcia
Enviado por Leonir Garcia em 04/03/2021
Reeditado em 25/05/2021
Código do texto: T7198483
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