NAS PALMAS DE TUAS MÃOS (II)
parte II
("Alma")
Quisera fosse tudo neste mundo
Eterno e não perecedor.
Mesmo o que seja belo
Despétala-se como a flor!
Quando os meus pés não mais pisarem
Este árido e rochoso chão
Inda existirá algum consolo.
Eterno mesmo, as coisas d'alma são.
Terei o Amor semeado como semente
Dentro de toda gente,
Pois, não há terras melhores e mais férteis
Das que se leva no peito, estas são!
Fui concebido em corpo. Alma? Sempre fui
Em meu nome e em meu Ser.
Somente quem possuía certas linhas
Saberia e me soube reconhecer.
Por que aquele dia já estava fadado.
Nada se deve ao acaso,
Quando há o encontro entre duas almas
Em um mesmo viver!
Não se zangue, meu ser amado,
Se hei de partir em algum dia.
Vejas bem, em tuas linhas,
Para tua pergunta está a resposta:
"Finitas parecem como parece ser a Vida,
Mas, são tão eternas quanto longínquas
E ambas nos levam para o Céu."
Mesmo que queira um consolo meu,
Tudo deixei escrito
Nas palmas de tuas mãos!