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Com meus poemas tu choras

Com os dedos tu me ganhas

Quem somos nós nessas estradas?

"o ser humano é um animal que faz barganha"

A dois passos de tua boca,

Minha mão em teu rosto,

O que há debaixo teu roupa?

O gosto de teu pescoço.

Entre poltronas de anestesia,

Encontra-se lotado os corações,

Não quero nenhuma anistia,

Mas texturas de tuas coleções

[O perfume.

A substância essencial,

O olhar reprimido,

O desejo é igual,

Animais que agem por instintos.

Em qual parada tu descerá?

Até que ponto tu consegues distinguir,

O toque, os lábios, aquilo que antecederá,

Corpos a se possuir...

[O nuance.

Se teus olhos não fossem diamantes,

De fato eu não ligaria,

Mas aqui estão os paralelos, um único instante,

Será mesmo que eu queria?

[Eu queria, eu queria.

Feche ligeiramente as pálpebras,

E imagine um sussurro sorrateiro,

Até se perderam as palavras,

Meu eu, o teu, sorrateiro.

[Um frêmito no silêncio.

—Volátil nossas almas, que se encontraram no ponto infinito do destino. A Ironia.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 03/03/2021
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