“Até o Sol Raiar”

“...E sob a névoa se escondes, só por pirraça, para que eu descortine a noite que te revela nua, perambulando em minha rua, meus sonhos, meu mundo de fingido e vagabundo.

Mas só os fingidores te enxergam na escuridão da cegueira da paixão.

Que arde as noites em que nova, te ocultas do olhar desatento, só para comigo deitar cheia de gozosos desejos, até que o Sol nos espante com seus raios de puro ciúme, como um grão-vizir irritado e traído.

Que não pode se separar da dama, por convenções celestiais...”

(“Até o Sol Raiar”, by Carlos Ventura)