A memória é de fato uma inimiga
Você me pintou com o castanho dos teus olhos,
me ninou com o calor dos teus (a)braços,
me beijou a nuca com os arrepios dos teus lábios,
como se eu fosse tua.
Você me ergueu nos braços como se eu fosse leve,
me levou como se eu pertencesse a você,
mas você não me perguntou se eu queria
ir.
Um dia você foi embora,
e eu não entendi o porquê e nem vi como,
quando,
você apenas se foi,
como se eu não fosse nada,
como se eu conhecesse os caminhos de volta para mim.
Eu não soube voltar
e você estava mais presente do que quando estava aqui.
Você se pintou em mim,
e eu esqueci que eu era,
e sempre fui,
MINHA.