INDIFERENÇA
Abandonei meu ninho
e como um faminto
espécime da atenção,
tendo dorido o coração
voei por longínquos
torrões de ilusões,
de tristezas, angústias
e nos estertores da vida
insana regressei ao meu
alento e respirei
até o profundo das covas
de meu peito,
revivendo apenas
para te dizer
esqueça-me!
Nada mais de ti existe
em mim e no meu meu voo!
Nunca mais me olhes,
me vejas, me protejas,
pois que de ti
quero apenas
indiferença!
EugêniaL.Gaio