Barco à vela
Quanto mais a observo
Não desvendo esse mistério
Que envolve seu olhar
Não declaro...
Embarco, ancoro, espero
E nada me revela
Borboletas passeiam
Entre as flores
Nas asas do vento
E eu aqui, inteiro, atento
Admirando às cores de Frida
Da janela
A imaginar por um momento
Ser seu guia, sentinela
Ensina-me a viver
Este sonho real
Que à flor da pele me deixa
Ao remar, remir-se a queixa
De não ter ousado
Navegar em suas águas
- mas se quiseres, serei eu: barco à vela