Soneto dos Meus Segredos
Flutuam sobre o mar tantas nuvens indecisas
Na brisa de vagas memorias e desejos
É dia do mundo, e eu inundo nele segredos
Meus medos fazem-me molhar minha camisa
Vivo a morte, pois ela me trai e harmoniza
Contida esta no ar que respiro e não concebo
É toda a verdade que você sempre enfatiza
Eu digo se há dor comigo eu nunca percebo
Meus olhos sopesam esta vida que passa
É tanta tragédia exposta que eu até acho graça
Ao que é divino eu peço proteja a mim
Os meus olhos estreitam a procurar rastros
Justo eu que sempre me espelhei em tantos astros
E o que vejo é um tostado e seco jardim