A Dor e o Amor
A Dor e o Amor
A lâmina corta a carne, a matéria se rompe contudo a dor se hospeda na alma.
Donde emana os sentimentos alheios ao mundo ao nosso redor
E o sentir maltrata os olhos que no meio da pantomima emocional se derrama
Carpir nem é fraqueza se demonstra que a alma abranda na tempestade
Sem nada mais querer sentir,
Nessa hora até as lágrimas de um ser choram da sua tristeza
A desolação grita na face molhada com desenho do rio da dor
Escorrendo do cristalino ora menina que as pálpebras não segurou
Chora minha alma ingrata no silêncio da sinfonia dos soluços
Que a escuridão da alcova silenciou nesse espaço frio onde ecoa
Passos de quem tu ama que por aqui um dia andou
Entre teus átrios nada se ouve nem sequer sussurro de amor
Mas a dor conspira reclamando da solidão amiga que deixa estigma
Grita teu desespero amigo arteiro que se envolve nessa partilha
Servo do amor, abrigo do sentir, porto seguro da paixão
Grita o nome dela seu musculo tolo que acredita
Que sentimentos possa sentir, e deles nem sequer consegui fugir
Eu só queria que um dia diante dessa dor com toda minha emoção
Queria te perguntar se tu esqueces?
Tu amigo ingrato que bate no meu peito não te esqueça que é meu coração.
Ricardo do Lago Matos