Os olhos da lua

Os olhos da lua

Se tão pouco me olhas,

é porque teces em ti certo abandono,

esse tal judiador sem nome,

cheio de tormento e desencanto.

Nas melhores horas em que te vejo,

sempre meus olhos os fecho

para enxergar a tua alma

trocando de roupa,

nua e solta

desejando beijar-me.

E aí nasce um outro olhar

e pede para meu coração cantar

os versos que desabandonam

qualquer louco como este que te ama,

seresteando luares,

acordando feliz as madrugadas.