Valsa Perdida

Eu posso sorrir, eu posso chorar

E nenhum arrependimento haverá

Desde que eu possa teus olhos mirar

E assim lhe enxergar a alma

Desde que eu possa teus lábios tocar

E assim lhe preencher a falta

Com o perfeito encaixe

Na fresta dos lábios meus.

E que tu fiques leve

E te sintas mui alegre,

Mesmo que de forma breve,

Com esse incrível inacreditável

Que ainda assim se faz palpável

Mas se dissolve de forma fugaz

Sob o peso da irrealidade,

Do juízo da mediocridade

E do escrutínio surreal d'olhar

Que não vê nenhuma intimidade.

Com o badalar das doze horas

Quem sorriu agora chora

Pois a carruagem já virou abóbora

E o príncipe é só mais um pagão

Que se perde entre seus irmãos

E que corre pra não parecer.

Mas tu me disseste, no último momento

Ante toda aquela estupidez

Que esse não precisa ser

O fim do "Era uma vez..."

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Raphaela Vaz
Enviado por Raphaela Vaz em 16/02/2021
Reeditado em 19/02/2021
Código do texto: T7185746
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