UM SONHO DE AMOR
Eu sei por que este coração insiste
Em amar, sabendo que o impossível
É voz do não, que a proibir persiste,
Falando de uma sorte irreversível!
Mesmo a rastejar na terra dos impuros,
Guardando escondido em meio às dores,
O desejo que viceja entre os monturos
Sentimento dos reles pecadores...
Por mais que repitam: o amor findou!
Não insista hoje ele é cinza esvoaçante
A escapar do pobre agonizante
E a espalhar num mundo que acabou...
Eu responderei, apesar das amarguras,
Que o sofrimento é cálice temporário,
Estigma da dor e do calvário
Mas, também, símbolo da luz e das alturas.
Neste instante, minha alma espera,
Malgrado o mundo nos olhe como irmãos...
A terna fornalha e tuas mãos
Transformar meu inverno em primavera!
MDLUZ
15/02/2021