Céu e o Inferno

Dor não és por te que derramo minhas lágrimas

Tristeza nem és por te que abandonei o meu sorrir

Fora pela cobiça dos meus olhos,

Que num ato insano avistaram ela, o meu amor!

Nem fora sua beleza ou encanto de mulher que me roubou

A vontade de sorrir, correr mundo afora aos quatro ventos

Nem seu toque suave no calor do seu corpo acolhedor

Quiçá soubesse a força desse amor!

Que desses lábios, eu jamais iria escapar

E por que ela me abraçou com suavidade

Me sentir tão seu desde a primeira palavra a falar

Ela és o calor do meu corpo minha alegria

Meu desejo de partir e ficar

Faz toda loucura dentro de mim serenar

Me faz sorrir e chorar...

E sem ela me perco dentro de mim

Sou escravo da solidão

Nem consigo falar a tristeza silencia as minhas palavras

Apenas sei que a amo tanto que sem ela falta-me o ar

e vontade de existir

Vivo entre o céu e o inferno depois de conhecer ela

Com ela, o meu amor estou no céu, mas sozinho enlouqueço

sinto-me no inferno

Por que a amo e distante dela não posso sequer nela tocar.

Ricardo do Lago Matos