Zona Norte do Rio de Janeiro
Subúrbio de carne e osso, subúrbio que persiste
Plumas e estradas de ferro
Eis onde caminho minha vida e escrevo minhas pedras
Escamosas ruas densas
Desas que as notícias noticiam como brutas
Pois não são!
Brutos são os que te comem
Te violam sem serenata
Sem cerimônia
Cerveja e samba que penetram minha alma
Minha terra prometida, a mim destinada ainda no berço
Corpos moldados a talho
Modas ditadas
Lajes que tocam e fazem seu céu em segredo
Os furos são avisos
Os furos são cobrados
Minhas ruas
Sinto quando te escrevo
Se sinta imortal, quando a ti for ler um curioso
Um vai
Um vem
Um não volta
Um são e salvo brilha
Temos que persistir
União e base
De forma nenhuma é só dor
A batida de teu coração embala até as festas deles
Você é como mulher amada
Te beijo a face
E te juro
A noite retornarei para você
Minha terra
Amada terra
Meu subúrbio
Meu amor
*Segunda versão