DO SILÊNCIO LAREIRA NOSSA
Este inferno que amordaça-nos
Do silêncio da lareira
Onde arde o carvão
Que grita o infinito
Cego de dor, de angústia
Vicio feito em egoísmo
Ironia sem fumo
Sem raízes
Vedado, condenado, enganado
Em gestos de palavras
Da própria dor
Onde rasgam os lábios
Pedra sôfrega sem nome
Terra impura sem flor
Sacia a fome entre os muros
Do sofrimento e felicidade.