Meu amor possessivo
Quero que olhe só para mim,
Musa minha, estarrecida e afável!
Não ouse sorrir, ao evitar-me assim..
Sou dono do seu olhar e da sua alegria,
Como um canto sereno e inevitável.
Sou clamor numa vaidade acorrentada
Ao meu corpo que a sua pele contagia...
Por si, pelejo ofegante nas duras batalhas,
Trazendo-lhe o orvalho nas manhãs frias.
Sou um artífice que trabalha o seu encanto
Em duras provas idolatradas, como um santo.
Aos céus, devo esse nosso amor sublimado
Que transporto alegre para além da idade.
Nesta cinta que coloco sobre as suas coxas,
Proclamo soberano sua conduta e castidade.