OUVE OS MEUS GRITOS
Ouve os meus gritos calados
Mudos de outros dias
Nas palavras silenciosas
Arranca com as tuas mãos
Todos os meus desejos
Todas as minhas dores presas
A minha própria ansiedade
Escritas no livro desassossego
Faz trovar os sons do amor
Que são ensurdecedores
Nos desejos sentidos no corpo
Dentro da minha alma presa
De uma prisão sem portas, sem grades
Os olhos choram pensamentos
Molham as dúvidas dos dias
Das mágoas, das mãos frias
Na fogueira que arde em carícias
Na solidão escondidas de mim
Da solidão que arde comigo
Palavras que embalam a dúvida
Do teu ou do meu amargo feliz coração.