OUVE OS MEUS GRITOS

Ouve os meus gritos calados

Mudos de outros dias

Nas palavras silenciosas

Arranca com as tuas mãos

Todos os meus desejos

Todas as minhas dores presas

A minha própria ansiedade

Escritas no livro desassossego

Faz trovar os sons do amor

Que são ensurdecedores

Nos desejos sentidos no corpo

Dentro da minha alma presa

De uma prisão sem portas, sem grades

Os olhos choram pensamentos

Molham as dúvidas dos dias

Das mágoas, das mãos frias

Na fogueira que arde em carícias

Na solidão escondidas de mim

Da solidão que arde comigo

Palavras que embalam a dúvida

Do teu ou do meu amargo feliz coração.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Enviado por Isabel Morais Ribeiro Fonseca em 08/02/2021
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