Meus olhos
Meus olhos que pouco a define
Apesar desses que tanto a definem
“De imediato rebelde! Tantas são, porém ela...
Mediata flor desvairada, caótica por amiúdes!”
Diante de mágoas revisitadas outrora
Tampouco lúcida, marcada por saudade
Da eternidade do desejo, vontade!
Onde seus pés tocam o abismo, que do abismo a sustenta
Sente o abismo e não consegue ser o abismo
Profunda suficiente para respirar o ar que deixares de respirar
Para respirar o ar que nunca respirou por respirar
Num terço delicado de incertas prosperas, dedicações, há, quem, onde! (?)
Tua beleza que bem tiveras, tal bem a beleza que vigoras
Dos passos tomados como tomas aquém deixou de tomar
Não serei eu o governante dos meus olhos que pouco enxerga a visão desnuda
Concatenarei seus brilhos e indiferenças, como brilhos aos brilhos que deixo de ter.