Meus olhos

Meus olhos que pouco a define

Apesar desses que tanto a definem

“De imediato rebelde! Tantas são, porém ela...

Mediata flor desvairada, caótica por amiúdes!”

Diante de mágoas revisitadas outrora

Tampouco lúcida, marcada por saudade

Da eternidade do desejo, vontade!

Onde seus pés tocam o abismo, que do abismo a sustenta

Sente o abismo e não consegue ser o abismo

Profunda suficiente para respirar o ar que deixares de respirar

Para respirar o ar que nunca respirou por respirar

Num terço delicado de incertas prosperas, dedicações, há, quem, onde! (?)

Tua beleza que bem tiveras, tal bem a beleza que vigoras

Dos passos tomados como tomas aquém deixou de tomar

Não serei eu o governante dos meus olhos que pouco enxerga a visão desnuda

Concatenarei seus brilhos e indiferenças, como brilhos aos brilhos que deixo de ter.

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 02/02/2021
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