MOÇA
Por que tu choras baixinho, encolhida no teu canto?
Não vês que em cada lágrima que rola neste teu rosto lindo,
dono de tanto encanto,
Vai minando pouco a pouco o que te sobra tanto?
E o que te assombra?
Medo da solidão?
Nascentes sós, e sozinhas, há de partir.
Em tua chegada, havia apenas uma pessoa que prometeu nunca soltar a sua mão,
Mas, por obra do Divino, a sua promessa teve de descumprir.
Então, moça, deixa ir.
O que te resta é teu próprio amor.
Então, moça, deixa ir.
Prometa-me que, por mais difícil que for,
quem por vontade não desejar ficar, tu deixarás que se vá.