Soneto Ser Feliz
Sempre haverá uma paga devida
Por adentrar nesta zona funesta
Não mais necessito de comida
Se a fome for tudo que me resta
O que ha neste fosso sem fundo
Se as sombras podam as arestas
Mas a evolução ninguém contesta
Apesar da dor que cala no mundo
Mas é ali que estão os segredos
Pontilhado por dogmas e medos
Não no céu, mas debaixo do nariz
E na alma em forma de brinquedo
Se não posso dormir pois é cedo
Deixem-me brincar de ser feliz