Desconexo
Teu jeito meigo e afável,
O clamor da madrugada,
Desejo de repousar em teus braços,
Me perdoe a sutileza,
Perdoe-me a solidão,
A réstia de luz em meio à penumbra,
Sou eu que contorno a minha utopia
traçando sonhos,
Filho bastardo dessa realidade que se vê,
Herdeiro do porre nosso de cada dia,
Eu sou o que o poeta não ousou dizer,
Sou a voz entalada na garganta,
De todos os teus jeitos o que mais me identifico é aquele que me suporta e não me julga,
Cabe a eu mesmo a tarefa da culpa, sou um miserável complexo, sou um elo desconexo tentando restituir as minhas partes,
Um abismo que se perde em seus próprios limites.