Amor perdido

Havia na camisa um colarinho
em que deixaste a boca tatuada.
E lá seguia eu pela calçada,
como quem anda à toa, sem caminho...

Havia em uma rosa um espinho,
qual um amor carpido na saudade.
E lá seguia eu pela cidade,
como se fosse sempre tão sozinho.

Havia certo alguém no meu destino.
Alguém que lentamente foi sumindo,
qual mancha esmaecida pelos anos.

Havia sim, mas esqueci quem era!
E hoje rogo a Deus: ah! quem me dera,
pudesse reviver meus desenganos.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/01/2021
Código do texto: T7170210
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