Curativo Mal Feito
Ah! o amor, esta besta indomável, de garras longas e sem piedade,
pois tão raro é senti-lo, em sua essência possuí-lo, essa é a mais pura verdade;
Ah! o amor, qual o homem ou a mulher que ousaria descrevê-lo,
pois tão raro é para o olho do amante enxerga-lo e ainda assim percebê-lo.
Ah! bem aventurado é aquele que por um amor já foi violentamente assolado,
pois Teve seu peito invadido, pelo sentir sem sentido, como ama o ser amado.
Ah! tão breve é o amor, como uma brisa de verão ele se vai com brevidade;
Pois essa é sua natureza, vai, mas deixa a certeza, de amar pela saudade,
Ah! essa é duradoura e persistente, diria até insistente, na arte de fazer querer,
pois se quer o que não mais existe, é olhar pra trás sem ter medo de sofrer,
Ah! como tem inveja aquele que nunca amou, daquele que por amor hoje chora,
pois é o maior dos sofrimentos, não ter por quem sofrer, é justo ai onde a dor mora.
Ah! sorte de quem já foi massacrado pela mão pesada do amor, Ah! que sorte,
pois não se fortalece a criatura, que a essa altura, no coração não possui um corte,
Ah! Essa cicatriz incicatrizável que carrego no peito que me parece não ter jeito,
pois a cada recordação, basta ao nome uma menção, Ah! que curativo mal feito.