A ninfa morena

Nascida das etéreas flores

Do infinito vaso cósmico,

A ninfa morena em cores

Traz brandura ao mundo módico.

Seus divinos lábios de cetim

Traduzem-me a vida clemente

Que outrora escusa de base afim,

Só desfrutei senão dormente.

Mas, hoje imerso em seu corpo,

Sinto o tenaz calor da ternura:

O suave carinho de paciente doçura.

Por isso, me despi daquele morto:

“Um eu” embebido em censura,

Liberto pela ninfa de face pura.

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 24/01/2021
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