A ninfa morena
Nascida das etéreas flores
Do infinito vaso cósmico,
A ninfa morena em cores
Traz brandura ao mundo módico.
Seus divinos lábios de cetim
Traduzem-me a vida clemente
Que outrora escusa de base afim,
Só desfrutei senão dormente.
Mas, hoje imerso em seu corpo,
Sinto o tenaz calor da ternura:
O suave carinho de paciente doçura.
Por isso, me despi daquele morto:
“Um eu” embebido em censura,
Liberto pela ninfa de face pura.