SEGUINDO VIAGEM

Eita povo do meu coração,

ninguém te tira do meu peito,

quem tá lá no alto ou lá no chão,

inteiro ou quem se quebra no eito,

a quem chamo, sem ser, de irmão,

por ordem de Deus, o que é de direito...

Caminho de peito erguido e estufado

sobre o chão limpo ou poluído,

vejo os inteiros e os quebrados,

os sãos, os belos e os malditos,

só não comungo com os tarados,

nem com os dos feminicídios...

Meu povo pode ser desajeitado

mas é dos livros personagem,

luta pelo perdão contra o pecado,

de enxada e pen-drive na estiagem,

um dia chegaremos ao consagrado

abraço coroando nossa coragem,

cada um amará ao outro, dado

que juntos seguimos viagem...